1. Introdução
Pedagogia da
autonomia do professor Paulo Freire relata propostas de práticas pedagógicas
necessárias a educação como forma de proporcionar a autonomia de ser dos
educandos respeitando sua cultura, seu conhecimento empírico e sua maneira de
entender o mundo que o cerca.
Paulo Freire
ressaltou que a temática abordada neste livro foi uma constante preocupação ao
longo de sua vida como educador. Esta obra é um condensado de pensamentos
defendidos em seus outros livros, que visam a integração do ser humano e a
constante procura de novas técnicas que valorizarão a curiosidade ingênua e
crítica, se transformando em epistemológica. Condena a rigorosidade ética a que
se curva aos interesses capitalistas e neoliberalistas, que excluem do processo
de socialização, os esfarrapados do mundo.
Como aspecto
principal de sua abordagem pedagógica, constata que “formar” é muito mais que
treinar o educando no desempenho das tarefas; Chama a atenção dos educadores
formados ou em formação à responsabilidade ética, elucidando-os na arte de
conduzir seres à reflexão crítica de suas realidades.
Destaca valores
como simplicidade, humanitarismo, esperança e bom senso: aspectos distantes da
sociedade atual, onde o capitalismo impera conduzindo as massas ao consumismo
desenfreado e a alienação coletiva pelos meios de comunicação. O abandono
educacional em que vivem nossas escolas, prende-nas a táticas de ensino
ultrapassadas e desconexas.
Propõe uma
humanização do professor enquanto mentor e guia no processo educativo-social,
conscientizando os educandos de todas as camadas sociais, sobretudo as de baixa
renda, das manipulações políticas que as mantêm sob seu jugo.
Esta obra se faz
imprescindível à condução do corpo discente em prol de uma sociedade mais justa
e de valores igualitários; na formação crítica de professores que, além de
educar, estarão conscientizando e orientando os futuros cidadãos.
2. Resumo de Pedagogia da Autonomia
O interesse geral
desta obra é fornecer saberes necessários a prática educativa de professores
formados ou em formação, mesmo que alguns destes professores não sejam críticos
ou progressistas porque são pontos aprovados pela prática, não considerando
posições políticas. Cabe ao professor observar qual prática é apropriada para
sua comunidade.
Os conteúdos devem
ser o mais claros e assimiláveis possíveis lembrando-se do primeiro saber:
ensinar não é transmitir conhecimento, nem tampouco amoldar o educando num
corpo indeciso e acomodado, mas criar as possibilidades para sua produção ou
construção. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.
O educador
democrático trabalha com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se
aproximar dos objetos cognoscíveis. Ensinar não se esgota no tratamento do
objeto ou do conteúdo, todavia se alonga à produção de condições em que
aprender criticamente é possível, exigindo a presença de educadores e educandos
criativos, investigadores e inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e
persistentes. Nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos e
educadores vão se transformando em reais sujeitos da construção e reconstrução
do saber ensinado.
Não há ensino sem
pesquisa e pesquisa sem ensino. E cabe ao professor continuar pesquisando para
que seu ensino seja propício ao debate e a novos questionamentos. A pesquisa se
faz importante também, pois nela se cria o estímulo e o respeito à capacidade
criadora do educando.
A escola e os
professores precisam respeitar os saberes dos educandos e sempre que possível,
trabalhar seu conhecimento empírico, sua experiência anterior. Aconselha-se a
discussão sobre os problemas sociais que as comunidades carentes enfrentam e a
desigualdade que as cercam.
As novas
descobertas, teorias precisam ser debatidas e aceitas mesmo que parcialmente,
contudo é importante que se preserve, de alguma forma, o velho, as formas
tradicionais de educação. É condenada qualquer forma de discriminação, racial,
política, religiosa, de classe social, pois a discriminação nega radicalmente a
democracia e fere a dignidade do ser humano. Qualquer discriminação é imoral e
lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a força dos condicionamentos
a enfrentar.
Resumo da obra de Paulo Freire
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