Pedagogos 2011

domingo, 21 de outubro de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Ensinar é aprender, não é transmitir conhecimentos
Ivone Boechat
Ensinar é aprender. Ensinar não é transmitir conhecimentos. O
educador não tem o vírus da sabedoria. Ele orienta a aprendizagem, ajuda
a formular conceitos, a despertar as potencialidades inatas dos
indivíduos para que se forme um consenso em torno de verdades e eles
próprios encontrem as suas opções.
A etimologia revela que o substantivo aprendizagem deriva do latim
"apprehendere", que significa apanhar, apropriar, adquirir conhecimento.
O verbo aprender deriva de preensão, do latim "prehensio-onis", que
designa o ato de segurar, agarrar e apanhar, prender, fazer entrar,
apossar-se de.
Ensinar: palavra latina insignīre, quer dizer "marcar, distinguir,
assinalar". É a mesma origem de "signo", de "significado". A principal
meta da educação se processa em torno da auto-realização. Logo, ela
propõe a reformulação constante de diretrizes obscuras para alcance dos
objetivos, comprometidos com a valorização da vida. A educação carimba a sociedade que deseja ter !
O professor, como agente de comunicação,
transformou-se num dos mais pobres recursos e dos mais ricos. Quando se
imagina dono da verdade, rei do currículo, imperador do pedaço, mendiga
e se frustra. Quando se apresenta cheio de humildade, de compreensão e vontade de aprender, resplandece e brilha!
Os estudantes estão abastecidos por uma carga de informações cuja capacidade de assimilação nem comporta. O ser humano tem potência de semi-deus, com
emoções de um mortal. O avanço da era espacial em que vive tornou o
homem angustiado pela consciência de sua fragilidade para absorver e
superar os desafios à sua volta. É mister que se reestruture o conceito
de Escola ou se reconheça a sua derrota. Os que nela atuam não podem
continuar a caminhar distantes da realidade, em marcha lenta, porque
assim, estão concorrendo para o fracasso.
Repetindo uma expressão muito antiga, “a Escola não sabe a força que
ela tem.” Deve-se abolir, de imediato, a cultura do supérfluo,
selecionando conteúdos mais significantes e atuais. Não se pode
contribuir para que o desinteresse se instale e, conseqüentemente,
esvazie o espaço da aprendizagem permanente. O educador deve se preparar
para estar apto perante a onipotência da máquina, e não se assustar com a sua eficiência. Estar sempre atento aos transbordamentos da ciência e não se embrutecer na resposta.
De que valem as "reformas" educacionais, se mudanças radicais não
ocorrem? Elas passam, os problemas maiores continuam, gerações se
substituem e, no universo de perguntas não respondidas, resultados
positivos não se operam, muitas vezes. Os enlatados culturais intoxicam como
os outros, se transformam em "pacotes culturais" e saem por aí,
empacotando a sensibilidade, a criatividade, que tanto contaminam a
educação.
Um exemplo? Entende-se barulho como música! Poesia como cafonice, família como utopia, Pátria como
sucata. Quem ama educa, educar é educar-se a cada dia, sem a pretensão
de preparar para a vida. O poder de adivinhar o futuro o educador não o
possui. Ele orienta, para que, em situações imprevisíveis, se processem
alternativas. Educar não é ensinar, é aprender.
Ivone Boechat é Professora em Niterói/RJ
Descobri...
No início não queria muito fazer o curso. Alguns colegas têm verdadeira paixão pelo ato de educar, gastar-se na árdua tarefa de ensinar na medida em que aprendem, uma vez que o professor é a ponte para o conhecimento e jamais o detentor absoluto do saber. Aos poucos fui me encantando com a possibilidade de formar a base de uma criança no que diz respeito a educação. Esta semana ouvi que devo fazer outra Faculdade quando terminar esta, afinal Pedagogia não dá dinheiro.
Infelizmente é uma realidade. Nosso país é carente de uma proposta mais eficaz, de investimentos mais generosos no que diz respeito a educação. Somos o país que incentiva as crianças que ser jogador de futebol ganha dinhero mais que qualquer outra profissão e não precisa saber muito para isso. Não que não seja bom. Estarmos entre os melhores do mundo. Mas enquanto isso estamos não tão bem posicionados na educação. Gastamos milhões em estádios para uma campeonato mas deixamos de investir nas nossas crianças.
Não respondi mal a quem me incentivou a escolher algo como medicina ou até mesmo direito. Apenas disse que o professor, o pedagogo, o alfabetizador será a primeira pessoa que irá ensinar o futuro médico, o futuro jornalista, o futuro dentista. Então não tenho porque escolher outra coisa. É o que eu quero!!!
Geovania
No início não queria muito fazer o curso. Alguns colegas têm verdadeira paixão pelo ato de educar, gastar-se na árdua tarefa de ensinar na medida em que aprendem, uma vez que o professor é a ponte para o conhecimento e jamais o detentor absoluto do saber. Aos poucos fui me encantando com a possibilidade de formar a base de uma criança no que diz respeito a educação. Esta semana ouvi que devo fazer outra Faculdade quando terminar esta, afinal Pedagogia não dá dinheiro.
Infelizmente é uma realidade. Nosso país é carente de uma proposta mais eficaz, de investimentos mais generosos no que diz respeito a educação. Somos o país que incentiva as crianças que ser jogador de futebol ganha dinhero mais que qualquer outra profissão e não precisa saber muito para isso. Não que não seja bom. Estarmos entre os melhores do mundo. Mas enquanto isso estamos não tão bem posicionados na educação. Gastamos milhões em estádios para uma campeonato mas deixamos de investir nas nossas crianças.
Não respondi mal a quem me incentivou a escolher algo como medicina ou até mesmo direito. Apenas disse que o professor, o pedagogo, o alfabetizador será a primeira pessoa que irá ensinar o futuro médico, o futuro jornalista, o futuro dentista. Então não tenho porque escolher outra coisa. É o que eu quero!!!
Geovania
O que é ensinado em escolas e universidades não representa educação, mas são meios para obtê-la.
Ralph Emerson
domingo, 24 de junho de 2012
Muitos alunos não amam
o Saber porque ele é
o Saber porque ele é
transmitido sem tempero,
sem emoção!
Segundo o psiquiatra e autor best-seller
brasileiro Augusto Cury, a esperança do mundo está sobre os ombros da
educação. Infelizmente, a educação é frequentemente geradora de muito stress
e ansiedade. As salas de aulas estão superlotadas, as aulas tornam-se
frequentemente entediantes, os professores têm dificuldade em ensinar e
os alunos andam muito desmotivados, aprendendo muito pouco de
verdadeiramente sólido e duradouro. O ensino está em crise!
A Educação segundo Paulo Freire
Educação é levar o ser humano a se livrar das amálgamas que o impedem de desenvolver seu próprio ser.
A Educação, para Freire, não é uma doação ou imposição, mas uma devolução dos conteúdos coletados na própria sociedade, que depois de sistematizados e organizados, são devolvidos aos indivíduos na busca de uma construção de consciências críticas frente ao mundo.
É educando pela conscientização do “educando” que Freire fundamenta a união entre a Educação e o processo de mudança social.
A Educação, para Paulo Freire, contrapondo-se ao que ele chama de “educação bancária”[2], é acima de tudo problematizadora, ou seja, está intimamente ligada à realidade, ao contexto social em que vivem o professor e o aluno e onde o ato de conhecer não está separado daquilo que se conhece. O conhecimento está sempre dirigido para alguma coisa.
Sendo assim, o homem, um ser inacabado, toma consciência do seu inacabamento e busca, através da Educação, realizar mais plenamente sua pessoalidade. A partir desta visão torna-se tarefa primordial da Educação levar o ser humano o mais próximo possível da perfeição. Assim expõe L. FERACINE, comentando o pensamento de Freire: “Ele (o homem) cria no sentido de explicitar, fazer desabrochar, dar desenvolvimento às potencialidades que existem em estado latente e embrional”
Pedagogia da Autonomia
1. Introdução
Pedagogia da
autonomia do professor Paulo Freire relata propostas de práticas pedagógicas
necessárias a educação como forma de proporcionar a autonomia de ser dos
educandos respeitando sua cultura, seu conhecimento empírico e sua maneira de
entender o mundo que o cerca.
Paulo Freire
ressaltou que a temática abordada neste livro foi uma constante preocupação ao
longo de sua vida como educador. Esta obra é um condensado de pensamentos
defendidos em seus outros livros, que visam a integração do ser humano e a
constante procura de novas técnicas que valorizarão a curiosidade ingênua e
crítica, se transformando em epistemológica. Condena a rigorosidade ética a que
se curva aos interesses capitalistas e neoliberalistas, que excluem do processo
de socialização, os esfarrapados do mundo.
Como aspecto
principal de sua abordagem pedagógica, constata que “formar” é muito mais que
treinar o educando no desempenho das tarefas; Chama a atenção dos educadores
formados ou em formação à responsabilidade ética, elucidando-os na arte de
conduzir seres à reflexão crítica de suas realidades.
Destaca valores
como simplicidade, humanitarismo, esperança e bom senso: aspectos distantes da
sociedade atual, onde o capitalismo impera conduzindo as massas ao consumismo
desenfreado e a alienação coletiva pelos meios de comunicação. O abandono
educacional em que vivem nossas escolas, prende-nas a táticas de ensino
ultrapassadas e desconexas.
Propõe uma
humanização do professor enquanto mentor e guia no processo educativo-social,
conscientizando os educandos de todas as camadas sociais, sobretudo as de baixa
renda, das manipulações políticas que as mantêm sob seu jugo.
Esta obra se faz
imprescindível à condução do corpo discente em prol de uma sociedade mais justa
e de valores igualitários; na formação crítica de professores que, além de
educar, estarão conscientizando e orientando os futuros cidadãos.
2. Resumo de Pedagogia da Autonomia
O interesse geral
desta obra é fornecer saberes necessários a prática educativa de professores
formados ou em formação, mesmo que alguns destes professores não sejam críticos
ou progressistas porque são pontos aprovados pela prática, não considerando
posições políticas. Cabe ao professor observar qual prática é apropriada para
sua comunidade.
Os conteúdos devem
ser o mais claros e assimiláveis possíveis lembrando-se do primeiro saber:
ensinar não é transmitir conhecimento, nem tampouco amoldar o educando num
corpo indeciso e acomodado, mas criar as possibilidades para sua produção ou
construção. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.
O educador
democrático trabalha com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se
aproximar dos objetos cognoscíveis. Ensinar não se esgota no tratamento do
objeto ou do conteúdo, todavia se alonga à produção de condições em que
aprender criticamente é possível, exigindo a presença de educadores e educandos
criativos, investigadores e inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e
persistentes. Nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos e
educadores vão se transformando em reais sujeitos da construção e reconstrução
do saber ensinado.
Não há ensino sem
pesquisa e pesquisa sem ensino. E cabe ao professor continuar pesquisando para
que seu ensino seja propício ao debate e a novos questionamentos. A pesquisa se
faz importante também, pois nela se cria o estímulo e o respeito à capacidade
criadora do educando.
A escola e os
professores precisam respeitar os saberes dos educandos e sempre que possível,
trabalhar seu conhecimento empírico, sua experiência anterior. Aconselha-se a
discussão sobre os problemas sociais que as comunidades carentes enfrentam e a
desigualdade que as cercam.
As novas
descobertas, teorias precisam ser debatidas e aceitas mesmo que parcialmente,
contudo é importante que se preserve, de alguma forma, o velho, as formas
tradicionais de educação. É condenada qualquer forma de discriminação, racial,
política, religiosa, de classe social, pois a discriminação nega radicalmente a
democracia e fere a dignidade do ser humano. Qualquer discriminação é imoral e
lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a força dos condicionamentos
a enfrentar.
Resumo da obra de Paulo Freire
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